quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

FILOSOFIA EM COMUM

Indico FILOSOFIA EM COMUM para quem nunca leu algum livro ligado a filosofia ou para quem lê textos filosóficos e quer enriquecer o conhecimento que tem.

É um tipo de livro que é para iniciantes na leitura. Independente do gosto.

Ele passa e faz pensar nos mínimos detalhes o que é filosofar.

Márcia Tiburi conseguiu não complicar o entendimento de quem lê filosofia e sim, facilitar quem lê filosofia.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

MINHA MÃE


Marcos Seiter

Arte de Degas



Minha mãe completou no dia 20 de Fevereiro, sexta-feira, 47 anos. São 47 anos de muita vida, de muita batalha. Seu sorriso ficou radiante com o carinho das pessoas que lembraram dela neste dia especial para ela.
Cada telefonema que recebia de parabéns pelo seu dia, era um agradecimento emocionante para a pessoa do outro lado da linha. Tornava o momento como se estivesse frente a frente com a pessoa. Mágico.

Minha mãe tem os olhos cintilantes. Esses mesmos que passam a energia para as pessoas que vivem ao redor dela. São rosas, flores, estrelas as imagens que vejo naqueles olhos escuros. Escuros não são. São vivos de luz.

Suas mãos formam um coração gigante diante do meu mundo. As pulsações são as palavras e as atitudes de minha mãe.

Seus pés fazem com o que eu me sinta firme diante do mundo. Qual filho, independente da idade, não se sente seguro com as palavras de uma mãe nos momentos difíceis, ou tolos que se encontram? Minha mãe me ensinou a andar.

Os braços dela são fortes. Os seus braços me acolheram abertamente diante deste mundo louco em que vim parar. Os braços delas representam para mim um berço. Quem nunca foi colocado num berço pela mãe através dos braços frágeis, mas fortes, de uma mãe? Eu fui.
O berço era os braços dela.
Minha mãe fez mais um ano de vida, mas não envelhece. Ela rejuvenesce. O modo como ela leva a vida, faz com que o tempo que passa, não faça efeito sobre seu espírito. Muitos se entregam para o tempo que não vivem mais. O da juventude está presente inexplicavelmente em minha mãe. Ela leva as dificuldades da vida como casos casuais. Não se prega num tempo. Ela vive a vida e por esse motivo não envelhece.
Aprendo com a minha mãe a viver. Seja nas dificuldades ou nas facilidades. Sou uma folha de Árvore diante do horizonte que deito, voo e respiro. E ela é a Árvore que deu luz a mim.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

1968 - O QUE FIZEMOS DE NÓS

1968- O que fizemos de nós, trata com cuidado sobre o que sobrou de 68.
São 211 páginas que aborda as manias de hoje em dia da sociedade brasileira.

O início do livro são crônicas. São textos que relacionam o dia de ontem(68) com o de hoje.

Há questionamentos e afirmações de pessoas importantes da nossa política e cultura.
O poeta, Carlos Drummond de Andrade é lembrado no livro sobre a paixão nacional: A bunda, que engraçada./ Está sempre sorrindo, nunca é trágica.

Vale a pena pensar junto com "1968- O que fizemos de nós", sobre o hoje com o de ontem.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

CARTA PARA A MINHA QUERIDA - II


Marcos Seiter


Eu fico te olhando como quem não quer nada. Mas quero. Não sei o que quero. Mas quero algo contigo. Tu tens a beleza da Paz e o tempero certo do prato, que na cozinha de um chefe Francês tem. Tu tens a beleza do céu Azul de Porto Alegre.

Os dedos de minhas mãos coçam a um certo tempo. A espinha que brota na beirada da maça de meu rosto cutuca-me. Eles parecem dizendo, com essa coceira e cutuco, para que eu escreva algo para ti, já que minha alma necessita despejar para fora o que sente, o que pensa.

Então lá vai:

Vivemos num mundo louco. Louco de alegria. Louco de tristeza. Eu vivo num mundo louco de felicidade. E por um alguém. Tu.

Se fico sem falar contigo nas primeiras horas da manhã, de cada dia, já entro em desespero. Não é um desespero doentio, que flagela vários namoros, romances. Mas é um desespero de saber como tu estás, como tu vai. É um carinho.

Aprendi no tempo em que estamos juntos, a não me desesperar como antes. Logo no início de nosso namoro eu ficava uma manhã inteira, se tu não me mandava algum email, entrando no mesmo a cada cinco minutos. Era torturante e angustiante. E eu não reparava nesse mal que fazia para mim mesmo. Mas o mal, muitas vezes vem para o bem. Como veio para nós dois.

Agora espero com tranquilidade o teu sinal de vida. E ele surge como uma borboleta.

Está certa que as vezes não levo meu celular junto comigo para o serviço. Daí ficamos incomunicáveis. Não gosto de andar com muitos objetos colado em mim, ainda mais com celular ou relógio de pulso. Relógio de pulso que não uso, pois gosto de ser escravo do tempo. Gosto de vivê-lo sem contagem regressiva.

Já faz quase um mês que nos tocamos pele a pele. Mas sinto ainda tua pele enconstando na minha, teu cheiro, beijos, abraços e vozes. É algo alucinógeno e neste caso existe precedentes não criminais. Tu. A responsável por me fazer sorrir e viver um mundo que não saberia se iria viver. Ainda mais que acreditava que um namoro era como de novela. Onde é tudo perfeito. Sem erros. Onde o gurizinho leva flores para a guriazinha e diz que a ama. E ela acaba dizendo o mesmo.

Digo-te que não te digo que te amo, pois eu nem sei o que é direito o amor. Mas digo-te que te adoro, pois eu sei que te adoro.

E eu adoro o teu jeito. Adoro teu sorriso. Adoro tua fala. Adoro teu sotaque. Adoro tuas novidades. Adoro tuas mãos. Adoro teus pezinhos. Adoro teus braços. Adoro teus cabelos. Adoro tuas unhas lindas de rosa, vermelho ou com um leve esmalte transparente, já que me fugiu o nome de minha memória louca. Minha memória é louca. Assim como eu.
Mas de cima dessa loucura, eu sei que te adoro. Assim como sei que, i love you, é também, além de eu amo você, eu te adoro em inglês.
Beijos pra ti com sons de Bem-te-vi, querida!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

POEMA RECORTADO POR MIM DA ZH- II


Arte de Monet



Acalantos

Lise Maria R. Fank

Noctivagueando
ao longo das ruas
despido do dia
vestidos de lua
vampiros amantes
sonatas malucas
de estrelas cadentes
que são acalantos
das musas caducas.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009



Um governo que esconde da mídia o que rola no palácio Piratini.
Um governo que recorre a "justiça" para impedir manifestações que acontecem contra o mesmo.
Não lembro em sentir e ver tamanho desgosto do nosso funcionalismo com outro governo.
É um governo ditatorial, que recorre a polícia para combater os atos de protesto.
A educação, saúde e segurança sofrem por causa deste.
Há algum verbo que desmoralize essas manifestações?
Confira a reportagem do clicrbs sobre a manifestação de hoje em Porto Alegre:
Face que aparece em outdoors espalhados pela cidade é de Yeda
Cpers realiza manifestação contra o governo na Capital

A foto que aparecerá em outdoors espalhados pela Capital, bancados por 10 sindicatos do funcionalismo, com a face da corrupção é da governadora Yeda Crusius. A revelação foi feita pouco antes das 17h desta quinta-feira, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. A campanha traz, além do retrato da governadora, a frase: "Essa é a face da destruição do RS. Ela não pode continuar. Fora Yeda".
Máscaras com o rosto da governadora foram distribuídas a dezenas de manifestantes. O grupo segue, em caminhada, até a esquina democrática, no centro da Capital.Desde o começo do mês, centenas de paineis foram distribuídos em diversos pontos de Porto Alegre. A publicidade trazia um rosto desfocado com frases que faziam menção à corrupção. Agora, o material será substituído pela campanha divulgada hoje. A manifestação das categorias sindicais começou por volta das 16h desta quinta-feira.
A presidente da entidade, Rejane Oliveira, abriu o ato e passou a palavra para outras entidades que se revezaram em falas contra a atual gestão. Eles disseram que o governo está desmontando o Estado. Disse ainda que o dinheiro para a saúde, segurança e educação não está sendo repassado. Dezenas de pessoas participam do ato.O trânsito ficou congestionado nas imediações do protesto, principalmente, nas avenidas Borges de Medeiros, Loureiro da Silva e Mauá. A caminhada durou cerca de uma hora.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

POEMA EM MIM

Marcos Seiter

Arte de Salvador Dali


Publico um poema que não achava que era um poema.

Explico: fui lê-lo agora no leve escuro de meu colchão. E me encantei por sua beleza e transparência em transmitir com simples palavras, o que eu sentia no momento presente e que ainda sinto hoje.



O meu corpo te sente
como brisa na minha
colina de pele macia.

O meu corpo te sente
como pressão da minha
mandíbula em uma maça.

O meu corpo te sente
como o perfume na minha
pele numa manhã.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O TROVADOR SOLITÁRIO


Acabei de ler o livro "RENATO RUSSO - O TROVADOR SOLITÁRIO", líder da mais marcante banda de rock do Brasil, Legião Urbana.




A escrita sobre Renato Russo, de Arthur Dapieve, é cheia de respeito e conhecimento sobre um, se não, o mais importante letrista, compositor e poeta do nosso rock.



Para quem gosta de música, sobre tudo de rock, deve ler "RENATO RUSSO- O TROVADOR SOLITÁRIO".




Deixo aqui um poema de Manuel Bandeira, qual reli hoje de manhã, na beirada de minha cama, em homenagem ao Renato Russo.


IMAGEM

És como um lírio alvo e franzino,
Nascido ao pôr do sol, à beira d'água,
Numa paisagem erma onde cantava um sino
A de nascer inconsolável mágoa...

A vida é amarga. O amor, um pobre gozo...
Hás de amar e sofrer incompreendido,
Triste lírio franzino, inquieto, ansioso,
Frágil e dolorido...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Poema Inédito


Marcos Seiter

Arte de Miró




Por alguns
instantes
meu ser
se prega
num mundo
que não conheço.

Marco
nos lugares
que me permitem,
os momentos
que vivo neste
mundo estranho.


E os registros
são estranhos
como o mundo.