sexta-feira, 29 de julho de 2011

* O vital é expressar-se...

Amanhã será o centésimo quinto ano do aniversário do poeta do "eu passarinho, eles passarão". Passam-se e passarão anos e Mario continuará vivo entre nós através de sua literatura.


* Mario Quintana

Hoje, 29 de Julho de 2011. Porto Alegre. Um dia chuvoso de inverno. Um dos dias que está entrando para a história do Rio Grande do Sul. Porque há dez anos atrás, não chove como está chovendo nos dias (choverá mais) como o de hoje. Ouvi isso na famosa e conhecida radio Farroupilha, na voz também conhecida de Sérgio Zambiasi. Chuva para lá e para cá. Às vezes a chuva resolve dar uma pausa. Fica alguns minutos sem aparecer e depois vem com tudo. O que ficou acumulado lá nas nuvens, desce do céu cinza( azul nos dias de Sol). E com isso alaga ruas, casas, lojas, apartamentos, tudo que não tiver um tratamento adequado para as águas das chuvas. Imagine o que ocorre nas ruas do Brasil quando isso acontece? Inundação! E ainda sediaremos uma Copa do Mundo daqui a quase dois anos. 2014. Mico? A ocasião comprovará ou não.

Bem, não irei aqui escrever sobre as catástrofes que a chuva pode causar em uma cidade como Porto Alegre. Que uma simples ou forte pode inundá-la toda. É só você ir a pé com seu guarda-chuva por qualquer canto que seja, que irá ver o que estou tentando dizer nessas singelas palavras.

Mas a proposta deste texto aqui é lembrar (um dia antes) e parabenizar, Mario Quintana, pelos seus 105 anos. Aniversário que é no dia 30 de Julho de 2011. O poeta dos Quintanares como eternizou Manuel Bandeira. O poeta das frases ( o twitteiro da ZH com elas) curtas e sensíveis a alma daquele que aprecia e acima de tudo, ama a poesia. Mario Quintana foi um dos que amaram a poesia. O poeta que fez da solidão a sua companhia. Mario Quintana foi solteiro durante sua vida. Foi um apaixonado em segredo por Clarice Lispector. Viveu apaixonadamente a vida. Morou em hoteis dessa cidade com características europeias. O primeiro poeta das poesias que invadiram a minha vida. Que fez com que esse ser visse a vida de uma outra forma. Com um pouco de mágica.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Winehouse

Desde sua partida estou para escrever um texto em sua memória. Em memória de alguém que por pouco tempo, deixou-se levar pelas emoções da vida e usou a arte para expressar o que sentia. Assim como Michael Jackson que sempre foi contestado por aquilo que nunca conseguiram provar que tinha feito, como o abuso sexual de crianças que iam em sua casa. Com você eles abusaram em divulgar (e agora abusam muito mais, depois de sua partida) da Amy x Drogas. A droga que a levou embora desse mundo tão cruel e que por fé, conseguimos as vezes transformá-lo em paraíso. E foi a droga mesmo que a levou? Respondo por mim: Não sei. Fizeram a algumas horas atrás os primeiros exames para acharem a causa da sua morte e não encontraram nada.

Pois então, Winehouse, um ícone que você transformou por sua personalidade própria. Sem ir no saco de alguém para conseguir reconhecimento, o sucesso que vários artistas do mundo procuram. A sua naturalidade, a sua arte expressa na música, a levou ao mundo. E foi através de sucessos como Rehab e Back to black que os seres humanos admiradores e apaixonados pela batida da bateria, apaixonados pelo som da guitarra, apaixonados pela voz potente e maravilhosa que saiam de suas cordas vocais, renderam-se ao seu talento. Sobre tudo, os apaixonados pelo Jazz, ficavam nas nuvens quando rolava alguma música sua nas rádios.

Agora que partiu, suas músicas serão ainda mais conhecidas, mais tocadas. Seus discos baterão recordes de vendas. Daqui a um, dois, três, vinte e tantos anos, lembrarei daquela mulher que aos 27, que lançou dois CDS no mundo, com canções que falavam sobre sua vida, ainda está viva entre nós através da música.

E assim deixo essa escrita em sua memória que desde o sábado de sua morte, pensei em escrever.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Quem pede leva

A indiferença
pedida
e sentida
no osso

Nada diferente
só é caso
do indiferente
pedido

Como me entender? Eis a pergunta!

Correr ou encarar a realidade mesmo que ela seja uma coisa que tu nunca imaginara que pudesse existir? Conseguir ser frio ao extremo e tratar como que algo da vida fosse simplesmente um pó ou mais forte: nunca existiu tal coisa? Aonde chegaremos agindo dessa maneira? Não sei.

Temos olhos para olhar, mas não baixamos a guarda para que as pupilas não fotografem nossas imagens, sejam elas tristes ou alegres. Temos bocas para conversar como se tudo fosse comum, jogar palavras ao vento, seja com besteiras ou seriedades, e resolvemos não dar nenhuma palavra para que o outro tenha oportunidade de ter um contato.

A vida pode ser cruel. Mas lá no fundo ela espera algo doce, que te olhe, fale e admire. A vida pode ser tudo de bom ou ruim. Assim como hoje está sendo. Lembro sempre de uma frase do Saramago que diz: "O difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las". E como somos difíceis de nós nos compreendermos. Agimos como animais, somos monstros.


Mas também somos amáveis com as pessoas que adoramos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Maldita tecnologia

O mundo anda tão corriqueiro que perdi a noção do tempo em achar um espaço neste e escrever. Sei que agi errado e não reservei um tempo para que colocasse minhas ideias no word, num email, no espaço virtual, seja qual for.

Mas li muito neste período. E sempre leio. Foi que no domingo, lendo uma crônica de Martha Medeiros no Donna ZH, veio ideias que possam ser compartilhadas com outras pessoas, escritas aqui em meu blog.

Mas..."Mas" essa palavra que me atormenta e que em vez de pronunciar esta, deveria ser pronunciada "mais": De mais de tempo. Mais vida.

Pois bem, não irei ficar aqui fazendo rodeios. E nas leituras li a crônica de Martha Medeiros do título "Escrever à mão" que passou a sensibilidade de que estamos na velocidade da luz, deixando o ato de escrever à mão de lado.


A tecnologia está tomando o espaço da caneta e do papel. Está evaporando este ato que foi sagrado. Ainda mais com nós(adultos). Crianças ainda devem desfrutar, ter o prazer que deixamos de lado, de que é escrever no papel.

Quando criança sempre gostei muito em escrever no papel. Talvez tenha tomado esse gosto porque precisei. Minha letra era horrível. Escrevia direto no meu caderno de caligrafia. E por escrever tanto neste caderno, minha letra ficou linda. Emendada. Perfeita. Mudei. Lá pelos treze anos resolvi mudá-la. Sempre admirei letra de fôrma. Lá fui. Comecei a escrever neste estilo: fôrma.

E ainda nos dias de hoje persiste a mesma.

Bateu aquela saudade de quando procurava escrever dessa forma e de outras. A tecnologia oferece várias formas de fonte. Maldita tecnologia.

sábado, 16 de julho de 2011

Felicidade

Este texto eu acabo de ler no site vidabreve.com

Texto escrito por Sérgio Vaz.

Belo e verdadeiro. Leiam!


As coisas não nasceram para dar certo, somos nós é que fazemos as coisas acontecerem, ou não.

Acredito que a gente tem que ter um foco a seguir, traçar metas, viver por elas. Ou morrer tentando.

Jamais queimar etapas e saber reconhecer quando é a sua hora. O acaso é uma grande armadilha e destrói os sonhos fracos de pessoas que se acham fortes.

Não passar do tempo e nem chegar antes. Preparar o corpo, o espírito, estudar o tempo, o espaço. Não ser escravo de nenhum dos dois.

Observar as coisas que interferem no seu dia e na sua noite. E saber entender que há aqueles sem sol e sem estrelas e que a vida não deve parar só por isso.

Ser gentil com as pessoas e consigo mesmo. E gentileza não tem nada a ver com fraqueza, pois, assim como um bom espadachim, é preciso ter elegância para ferir seus adversários.

O que adianta uma boca grande e um coração pequeno? Nunca diga que faz, se não o faz. Ame o teu ofício como uma religião, respeite suas convicções e as pratique de verdade, mesmo quando não tiver ninguém olhando. Milagres acontecem quando a gente vai à luta.

Pratique esportes como arremesso de olhar, beijo na boca, poema no ouvido dos outros, andar de mãos dadas com a pessoa amada, respirar o espaço alheio, abraçar sonhos impossíveis e elogios à distância. E, em hipótese alguma, tente chegar em primeiro. Chegar junto é melhor, até porque o universo não distribui medalhas nem troféus.

Respeite as crianças, todas, inclusive aquela esquecida na sua memória. Sem crianças não há razão nenhuma para se acreditar num mundo melhor.

As crianças não são o futuro, elas são o presente, e se ainda não aprendemos com isso, somos nós, os adultos, é que tiramos zero na escola.

Ser feliz não quer dizer que não devemos estar revoltados com as coisas injustas que estão ao nosso redor. Muito pelo contrário. Ter uma causa verdadeira é uma alegria que poucos podem ter.

Por isso, sorrir enquanto luta é uma forma de confundir os inimigos. Principalmente os que habitam nossos corações. E jamais se sujeite a ser carcereiro do sorriso alheio. Não deixe que outras pessoas digam o que você deve ter, ou usar. Ter coisas é tão importante como não tê-las, mas é você quem deve decidir. Ter cartão de crédito é bom, porém, ter crédito nele tem um preço.

Se possível, aprecie as coisas simples da vida, vai que no futuro… Adeus pertences. Esteja sempre disposto ao aprendizado, e não se esqueça que quem já sabe tudo é porque não aprendeu nada. As ruas são excelentes professoras de filosofia, pratique andar sobre elas.

Procure desvendar as máscaras do dia a dia, pois o segredo está no minúsculo — assim como um belo espetáculo do crepúsculo —, no pequeno gesto das formiguinhas esconde a grandeza a ser seguida pela humanidade.

Tenha amigos. Se não tem, seja. Eles virão.

Felicidade não se ensina, é uma magia, e o segredo está na disciplina de uma vida sem truques e sem fogos de artifícios.

E não acredite em poetas. São pessoas tristes que vendem alegria.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Poema

Lendo o Nascimento da Tragédia paro no poema de Goethe:

Prometeu


Cobre o teu céu, ó Zeus,
De vapores de nuvens!
E ensaia, como um rapaz
Que decapita cardos,
As tuas artes em carvalhos e cumes!
A minha terra, essa
Tens de deixar-ma,
E a minha cabana,
Que não construíste,
E o meu lume,
Cujo fogo
Me invejas.

Nada conheço de mais pobre
Sob o Sol que vós, deuses.
Mal conseguis alimentar
Com tributos de oferendas
E o sopro de orações
A vossa majestade,
E morreríeis à míngua se não
Fossem crianças e pedintes,
Loucos cheios de esperança.

Quando eu era criança,
Sem saber que pensar nem que fazer,
Voltava para o Sol os olhos
Perdidos, como se lá em cima houvesse
Um ouvido para o meu lamento,
Um coração como o meu
Para se compadecer dos oprimidos.

Quem me ajudou contra
A arrogância dos Titãs?
E da morte quem me salvou,
Da escravidão?
Não fizeste tu tudo sozinho,
Coração, com teu fogo sagrado?
E não ardeste tu, jovem e bom,
Enganado, dando graças de salvação
Aos deuses adormecidos lá em cima?

Eu, venerar-te? Para quê
Aliviaste tu alguma vez
As dores dos que sofrem?
Alguma vez secaste as lágrimas
Dos angustiados?
E quem forjou em mim o Homem, se não
O Tempo todo poderoso
E o Destino eterno,
Meus e teus senhores?

Pensaste porventura
Que eu havia de odiar a vida,
Fugir para os desertos,
Porque não deram fruto todos os sonhos
Que despontaram na aurora da juventude?
Aqui estou eu, criando Homens
À minha imagem,
Uma estirpe igual a mim,
Que sofra e chore,
Goze e se alegre,
E te não respeite,
Como eu.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Aguenta Coração!"

Conversando por email e lembrando que amanhã terá um jogo da Seleção brasileira pela Copa América, surgem-me essas palavras.

Amanhã tem o jogo da seleção.
E o Brasil para para acompanhar na televisão.
E enquanto isso os "espertos" decidem o rumo da nação.
Qual no fim será a emoção?
"Aguenta coração!", exclamado pelo Galvão

Descoberta

Descobri que meu sangue anda um pouco doce.

Ser doce demais não é bom.

Na vida o gosto amargo deve sempre fazer parte.